Oração Ave Maria

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17 de março de 2025.

"Deixar ver a história de Fátima tal qual ela é."
Segundo as memórias da Irmã Lúcia, pastorinha de Nossa Senhora de Fátima.

Os pastorinhos - Lúcia

"Não terei mais o gosto de saborear só contigo os segredos do Teu amor; mas, para o futuro, outros cantarão comigo as grandezas da Tua misericórdia!"

Lúcia dos Santos

Em 1915, ao completar 7 anos de idade, Lúcia recebe a tarefa de começar a pastorear o rebanho da família. A notícia se espalhou entre os pastores e quase todos vieram oferecer-se para serem seus companheiros. A todos disse que sim e com todos combinou de ir para a serra.

No dia seguinte, a serra era repleta de pastores e rebanhos. Parecia uma nuvem que a cobria; mas ela não se sentia bem no meio de tanta agitação. Escolheu, pois, entre eles, três para serem suas companheiras e, sem dizer nada aos demais, combinou umas pastagens opostas. Eram as escolhidas: Teresa Matias, sua irmã Maria Rosa e Maria Justino. No dia seguinte, lá iam com os seus rebanhos para um monte chamado o Cabeço.

Subiram, com os rebanhos, até quase ao cimo do monte. Aos pés ficava um extenso arvoredo que se espalha nas planícies do vale: oliveiras, carvalhos, pinheiros, azinheiras, etc.

Um pouco mais ou menos aí pelo meio-dia, comeram a merenda e, depois convidou as companheiras para rezarem o Terço, ao que elas concordaram com gosto. Mal começaram, quando, diante dos olhos, viram, como que suspensa no ar, sobre o arvoredo, uma figura como se fosse uma estátua de neve que os raios do Sol tornavam algo transparente.

– Que é aquilo? – perguntaram as companheiras, meio assustadas.

– Não sei!

Continuaram a reza, sempre com os olhos fixos na figura que, assim que terminaram, desapareceu. Lúcia seguindo o seu costume, optou por calar, mas as companheiras, assim que chegaram a casa, contaram o que aconteceu às famílias.

A notícia se espalhou; e um dia, ao voltar para casa, a mãe de Lúcia pergunta:

– Ouve lá: dizem que viste para aí não sei o quê. O que é que tu viste?

– Não sei.

E como não sabia explicar, acrescentou:

– Parecia uma pessoa embrulhada em um lençol.

E querendo dizer que não conseguia ver as feições, disse:

– Não se Ihe conheciam olhos nem mãos.

A mãe rematou tudo com um gesto de desprezo, dizendo:

– Tolices de crianças.

Referência

Livro Memórias de Irmã Lúcia: A pastorinha de Nossa Senhora de Fátima. Editora Fátima: Fundação Francisco e Jacinta Marto, 2019.